segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Frases II

“O mundo se transforma em um lugar muito melhor após o anoitecer.”

“Não importa o que deseje, você não poderia estar em melhores condições.”

“Apaixonei-me em uma fração de segundos, mas já estarei livre assim que ela dobrar a esquina.

“Por menor e menos significantes que sejam alguns momentos, a vida pode ser muito melhor do que esperamos dela.

“Tentei ser sincero comigo mesmo e percebi que nem com a minha própria pessoa tenho facilidade em mostrar o que realmente sou.

“O sol tem um brilho diferente a cada novo dia.”

“É engraçado como podemos nos lembrar de algumas sensações sem que nos esforcemos para isso.

“Apesar de nunca estarmos fazendo nada, acabamos sempre fazendo tudo ao mesmo tempo.

“Deveríamos nos preocupar mais em apreciar as cores vibrantes do céu que somente o pôr do sol é capaz de nos propiciar.”

O mundo que vivemos é diferente para cada um de nós.

“Poderia escrever uma canção para cada sentimento que o invadia.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Linhas Brancas Horizonte Cinza

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Após algumas horas de viagem o ônibus chegou ao destino como o planejado. Desta vez me perecia que não tinha deixado absolutamente nada para trás. Ainda mais quando o parecia que o momento havia feito um ensaio com a paisagem, pois estava tudo em seus lugares em uma sintonia perfeita. Alguns raios de sol davam sua graça em meio aquele imensidão de nuvens, que rapidamente sumiam pouco á pouco para o dia, enfim, ficar ensolarado. Choveu boa parte do caminho e o cheiro de terra já exalava forte.

Desci em uma pequena e velha rodoviária bem típica de interior. Com algumas partes rebocadas bem visíveis, uma linha de poeira sobras suas paredes e as ruas, onde trafegavam automotores e charretes, eram de paralelepípedo. Havia aos montes grupos de velhos espelhados pelo local inteiro. Talvez sejam os maiores frequentadores de rodoviárias interioranas.

Minha primeira vontade era de tirar o tênis e andar descalço. Fui covarde, não fiz. Então tratei de comer algo rápido, como coxinha, quibe ou algo parecido. Mas tudo sem pressa nenhuma, faltava apenas quinze para meio-dia. Sentei no balcão e tirei da minha mochila meu caderno (com aspiral de barbante, pois o original tinha quebrado inteiro) e comecei a escrever algumas idéias.

Fui interrompido por um senhor que disse algo muito rápido e começou a rir logo em seguida. Olhei para sua cara e percebi nitidamente que não havia maldade no que tinha me dito, tinha cara de ser boa gente. Ri junto, sem motivo, fui simpático. Ofereci-lhe um café e se recusou, mas me pediu um cigarro. Pegou, agradeceu e foi embora. A essa altura achava isso tão normal.

Fiz meu pedido e passei a olhar em volta. Tinha lá sua loja de doces e salgados que não havia nem espaço para andar. A loja de tranqueiras de diversos tipos de coisas que você pode imaginar, úteis e inúteis. Uma loja de roupas e as cabines de compra das passagens. Algumas pessoas e cachorros circulavam por lá e um velho relógio de corda anunciava meio-dia.

Meu tempo parou por uns instantes e meu pedido tinha chego. Senti falta da minha garrafa de cerveja, então acenei com a mão para alguém. Estava pegando a moeda no chão e assim que levantei a cabeça deparei com dois olhos grandes e esverdeados, no entanto o que mais tinha chamado minha atenção foi seu sorriso. Ouviu meu pedido sorrindo e assim trouxe do mesmo jeito. Invejável. Ela tão cheia de vida e eu lá, pobre de espírito. Simplesmente não fico sem São Paulo, mas começou a me fazer bem uma fuga.

Terminei minha refeição sem pressa alguma, e ela disparando sorrisos para todo lado. Fechei a conta e deixei uma gorjeta gorda para a atendente sorridente. Tinha achado alguém feliz com a vida. Arrependi-me da gorjeta. Ao invés de elogia-la pelo seu sorriso contagiante preferi pagar por ele com uma gorjeta. Ridículo. Pois é, vivendo e aprendendo.