terça-feira, 28 de abril de 2009

Plano de seguimento 2º Parte

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“Fique à vontade – disse. E depois retirou-se.” Foi a última frase que conseguiu escrever no dia. Foi até sua cozinha para tomar um copo d’água e comer algo para enganar um pouco o estômago. Abriu a geladeira e encontrou “o quase vazio”. De encontro com “ele” novamente – pensou. Caminhou até sua sala e pegou telefone, seguido por um rápido olhar até o calendário. Dia 12, 05h03min PM. Ninguém atendeu. Sentou novamente sobre sua cadeira e afogou-se em sua bagunça, entre ela papéis e livros. Coçou a barba, que por sinal encontrava-se em um estado avançado de seu crescimento, e lutava para bolar alguma idéia criativa para desenvolver seu novo personagem.

Havia uma crise existencial entre o autor e o personagem. Podia ele corrigir seus maiores erros dentro de seu personagem, no entanto cometeria um erro fazendo isso. Puxou um papel e enumerou em duas fileiras suas qualidades e seus defeitos. Não ficou surpreso, havia muito mais defeitos do que às próprias qualidades. Tinha em mãos um personagem tão obscuro quanto ele, e pensava o quanto seria complicado para algumas, ou certamente para maioria, entender um personagem assim como ele. “Dificilmente descobrimos quem somos, imagina então para que viemos.” – Refletiu.

No caderno havia tantos rabiscos espalhados pelas páginas inteiras, tudo em diversas posições e tamanhos diferentes. Todo mundo tem sempre uma mania estranha, a dele podia ser essa, mas a de um gênio é aquele que sonha e acorda de madrugada somente para anota-lo. Procurava então uma próxima música, acabou optando por um Blues. Suspirou e enfim teve tempo de escrever mais algumas palavras...

3 comentários:

Marco disse...

Ruim.

Numa boa.

Seu blog é ruim.

Suzelayne disse...

Objeção. Seu blog é ótimo.

Paolo Belloti disse...

Críticas fazem parte, mas o elogios, claro, é sempre bem-vindo.

Obrigado Suzelayne