segunda-feira, 9 de março de 2009

Pergunte ao vento

.
Encontrava-se sentado no muro bem no meio da noite. Contemplava algumas estrelas e o céu não possuía a tal poluição, já não me impedia de ver com clareza a lua. Uma lua tão feminina quanto à brisa da manhã. Eu apenas olhava, sem nada na cabeça. Meia hora antes estava no meio da maioria de meus amigos, rindo e bebendo, estava no ambiente que mais ficava satisfeito. Decidi tomar uma dose de reflexão e fui fumar um cigarro no muro, lá tinha visão privilegiada de uma pequena parte do bairro e a montanha por inteira. A cidade grande andava deixando minha cabeça cheia de pensamentos negativos. Eu estava desempregado e sem muitos planos futuros.

Algo precisava ser feito, mas não dispunha de muitas oportunidades oferecidas, ainda quando tinha não era bem do jeito que se esperava. Uma mão me puxava para as coisas boas, mas dois pés me chutavam para o lado ruim. Sempre terei forças para segurar a mão que me guia para o lado bom, sob qualquer circunstância jamais deixarei atropelar que acho correto e humano. Lutei por muitos e talvez obtivesse sucessos em alguns. Reclamo daquilo que não tenho e agradeço por aquilo que possuo.

Cansei da mesma conversa de que eu era feliz e não sabia, talvez eu diga isso pelo resto da minha vida. Estava preste a fazer novas escolhas e desta vez não podia falhar, tudo dependia de mim mesmo e somente minha pessoa podia tomar as decisões corretas. Mais uma vez em conversa com o tempo, à qual já não possuía muito, fiz uma decisão correta. Desci do muro e voltei para a conversa, estava em mim novamente.

Nenhum comentário: